A exposição A Vida é Sonho (La Vida es Sueño), da Obra Cultural da FUNIBER, é composta por 28 gravuras de Salvador Dalí inspiradas no trabalho de Calderón de la Barca.

São gravuras clássicas e de alta qualidade, em cores, em preto e branco e em sépia feitas por Dalí para ilustrar a visão particular do pintor sobre a obra teatral La vida es sueño, estreada em 1635. Nesse trabalho, Calderón de la Barca propôs a reformulação de uma série de narrativas da tradição oriental e ocidental sobre o poder de influência dos horóscopos e a relação entre a vida e o sonho.

Na série de gravuras, A Vida é Sonho reflete um novo aspecto de Dalí, seu lado ilustrador. Nessa série, o pintor surrealista ilustra a história de Segismundo, que, segundo o diretor da Obra Cultural da FUNIBER, Federico Fernández, tem um paralelismo profundo com a história de Dalí e seu pai. “Na história de Calderón de la Barca, Segismundo perdoa seu pai. Na vida de Dalí, é o pai que o perdoa, mas a história é muito parecida”.

Federico Fernández acrescenta que em quase todas as obras de Dalí há uma implicação pessoal e, no caso de A Vida é Sonho, as gravuras têm muito a ver com ele e, ao mesmo tempo, com o surrealismo, já que o surrealismo faz parte do sonho.